sábado, 14 de maio de 2011

Deu pra ti _______**********


Exímia sensação que me toma em noites de sábado solitárias. Os sintomas de carência não me caem bem, confesso. O Cabernet sauvignon e La Cumparsita me compreendem perfeitamente.

Não é uma questão de egoísmo, talvez necessidade de momentos assim; desalinhavados. Embora eu mantenha os pontos na memória. Eu me descosturo conforme a situação, rasgo, remendo. Sei que gostaria que me descontinuasse, e te enfrentasse, tal qual fera. Esqueça baby, já era. O tempo é algo out of control, e você me deixou fazer o gol!

Nunca negarei nossa história, mas, você não alcançou meu bit. É hilário, pois nem ligo para hit.

Meu mundo ao contrário do que você pensa, é assim simples, noites imunes, dias tomados pela compulsão de viver o além cá. Adormeço bela e acordo fera, só pra te confundir. A brandura ao adormecer não combina com minha forma de viver. Eu compreendo a incompreensão que causei mostrando meu lado frágil, entenda, só o faço por merecer.

Não me leio por opção.

Não queira você descrever.

Deu pra ti! Não me leve a mal, vou logo ali.

Porto Alegre.

Tchau!

domingo, 24 de abril de 2011

Quase chorei sobre o café derramado


E o café de 30 anos atrás ficou derramado sobre minhas pernas, mãos e âmago. As juras secretas inexistem nas tabernas onde ecoariam vozes transformadas pelo tempo, paladares aguçados, incertezas espalhadas nas cadeiras e guardanapos. A maturidade pode roubar a magia e deixar nossa felicidade enferma. Será que a medicina nuclear é capaz de curar ansiedade com procedência adolescente que transcende tempo, espaço e desejo de esquecimento? A resposta há de ecoar.

Fragmento insólito


Da parte que me tocou, guardarei o brinde e sua boca roçando minha nuca.

Quando a pele fala mais alto não há paradigmas, enigmas.

Insólito foi o que me veio sem pretensão ou jogo, sinuca de perdição.

Contemplação em única dose, bucólico, embora eu não tenha vocação.

Talvez eu a tenha pedido numa esquina da Av. paulista em dia de chuva, ou na febre do rush do Metrô que você desembarcou.

Ou quem sabe eu a tenha ocultado por prevenção. Mas não pensei sobre isso quando arranhei suas costas, quando rodeei suas encostas.

A metrópole me enleia, coso minha teia e nem sei se conseguirei achar o caminho de volta à razão. A loucura também tem sua razão de ser.

Mas por precaução deito-me no seu ombro antes que o dia amanheça e a paz volte a reinar nas avenidas tão precisas de congestionamentos.

Não sou adepta de julgamentos, por isso deixo-te na próxima estação. Para te ver mais um dia, ou não.